BHTrans e Guarda Municipal realizam ação para atuar no Anel Rodoviário
As equipes vão ser as responsáveis pelo atendimento de ocorrências na via, que foi oficialmente reada para a Prefeitura de BH nessa terça-feira (3/6)
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Siga noAgentes da BHTrans e da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte receberam, nesta quarta-feira (4/6), treinamento prático para atuar em ocorrências no Anel Rodoviário. A preparação está sendo realizada porque os órgãos municipais vão ser os responsáveis pela via, que foi oficialmente municipalizada nessa terça-feira (3/6). A capacitação está sendo realizada pela EPR Via Mineira, concessionária que istra 232 quilômetros da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata.
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Cerca de 100 agentes da BHTrans e da Guarda Municipal já haviam realizado a etapa teórica do treinamento e vão assumir as atuações no Novo Anel nesta quinta-feira (5/6). A prática de hoje ocorreu em trecho da via próximo à área de escape, que fica na altura do Bairro Betânia, na Região Oeste de BH.
Na capacitação prática, os agentes treinaram para atuar na sinalização da via em caso de alguma obstrução na pista, como acidente, derramamento de óleo ou incidentes com animais. “A importância desse treinamento é a vivência que o agente de trânsito deve ter em uma via de trânsito mais rápido e mais pesado”, explicou ao Estado de Minas o supervisor da Regional Centro-Sul da BHTrans, Carlos Lopes.
O agente acredita que a principal diferença entre a atuação em vias dentro da cidade e as do Novo Anel é a velocidade em que os veículos trafegam e o peso das cargas transportadas. Para Carlos Lopes, o principal objetivo da ação da BHTrans é garantir a segurança na via, assim como melhorar a mobilidade e a fluidez do trânsito.
O Estado de Minas procurou a Polícia Militar de Minas Gerais para saber se a Polícia Militar Rodoviária vai seguir atuando em ocorrências no Anel Rodoviário, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Capacitação
O treinamento foi realizado pela EPR Via Mineira. Na capacitação, os agentes aprendem a montar a sinalização, posicionar cones, utilizar painéis móveis de mensagens e aplicar técnicas de isolamento da área.
Para Anderson Finco, gerente de operações da concessionária, a capacitação reforça a importância da cooperação entre os órgãos envolvidos na gestão do trânsito na capital mineira. “O Anel Rodoviário fica na divisa da área sob concessão da EPR Via Mineira. Por isso, é fundamental que as equipes atuem de forma alinhada e integrada. Compartilhar nossa experiência com sinalização e atendimento ágil a ocorrências contribui para fortalecer essa parceria e garantir mais segurança e eficiência para todos que circulam pela região”, afirma.
Municipalização
A municipalização do Anel, de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, vai permitir a execução direta de obras e intervenções na via urbana, tal como a gestão, manutenção, operação viária, desenvolvimento urbano e modernização. O objetivo, conforme a gestão municipal, é compatibilizar a infraestrutura existente às características atuais de intenso fluxo de veículos e oferecer melhores condições de mobilidade urbana.
“A partir de agora, as obras serão feitas com mais agilidade, desde as grandes intervenções até as medidas emergenciais. Por que com mais agilidade? Porque a gente está aqui ao lado do problema. O Dnit sempre se preocupou com o Anel Rodoviário, sempre fez o trabalho dele, mas são muitas outras estradas Brasil afora e a gente entende”, afirmou o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) em solenidade realizada nessa terça-feira (3/6) para oficializar a municipalização.
O prefeito ressaltou que a gestão municipal assume a responsabilidade ciente dos desafios, mas preparada para enfrentá-los. “Tem muito a ser feito, mas estamos prontos. Agora é colocar a mão na massa e trabalhar”, disse.
Durante o discurso, Damião também ressaltou que a municipalização do Anel Rodoviário vai além da questão da mobilidade urbana. Segundo ele, trata-se de uma medida voltada à preservação de vidas e à redução da violência no trânsito em uma das vias mais perigosas da capital.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice