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Odete Roitman, a vilã nº 1 do Brasil, está de volta amanhã em 'Vale tudo'

Remake do clássico da teledramaturgia brasileira estreia nesta segunda-feira (31/3), protagonizado por Débora Bloch, Taís Araujo e Bella Campos

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Rio de Janeiro - Quando Odete Roitman morreu, naquela véspera de Natal de 1988, não se falava em outra coisa no Brasil. Todos queriam saber quem era o assassino da vilã de “Vale tudo”, novela de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. Foi o papel mais marcante de Beatriz Segall (1926-2018).


Quase 40 anos depois, antes mesmo da estreia do remake do clássico da teledramaturgia nesta segunda-feira (31/3) à noite, o “mistério” continua. Quem matará Odete Roitman em 2025?


Na coletiva de lançamento da nova versão, realizada na semana ada no Rio de Janeiro, o suspense foi quebrado de forma bem-humorada pela autora do remake: “Sou eu, Manuela Dias, que vou matar Odete Roitman.”


Suspense

Foi um banho de água fria para os jornalistas em busca da resposta mais disputada do ano. A poucos metros de Manuela, outros repórteres “apertavam” Carolina Dieckmann para saber se Leila, sua personagem, repetiria os tiros fatais na vilã. A atriz fez suspense.


“Leila pode fazer alguma coisa mais surpreendente do que matar Odete Roitman, gente”, despistou. “Quero que imaginem que ela é capaz de fazer qualquer coisa. Pode ser mocinha em um momento, vilã em outro, matar alguém”, disse Carolina, afirmando que não torce para Leila (Cassia Kiss, na primeira versão) ass Odete.


Com metade dos 174 capítulos do remake já prontos, Manuela Dias reconhece: às vésperas de completar 30 anos na Globo, comandar a nova “Vale tudo” é o maior desafio de sua carreira. Ela assinou os sucessos “Amor de mãe” (2019) e “Justiça” (2024).


Há muitas frentes no processo de adaptação, explicou. A tecnologia, o celular e a internet são apenas algumas delas. Manuela citou temas como o casamento homoafetivo, que no fim dos anos 1980 não era reconhecido, e o alcoolismo, que não era entendido como doença.


“Heleninha (Roitman), interpretada agora por Paolla Oliveira, era vista como bebum, não como doente que precisa de tratamento contínuo”, observou Manuela, referindo-se à personagem em crise então vivida por Renata Sorrah.


A autora considera chocante o machismo da novela de 1988. “Até o Poliana (personagem de Pedro Paulo Rangel, agora vivido por Matheus Nachtergaele) ameaçava dar na cara de Aldeíde”, comentou, referindo-se ao papel de Lilia Cabral, agora a cargo de Karine Teles.


Outra questão fundamental é a sexualidade de Odete Roitman. “Em 1988, a mulher de 62 anos sexualmente ativa implicava em alguma perversidade. A mulher conquistou espaços. É claro que existem preconceitos, mas, hoje em dia, a mulher de 60 anos sexualmente ativa não precisa ser pervertida. É mulher normal”, disse Manuela.


O remake chega com a promessa de debater ética e honestidade na sociedade brasileira, assim como o folhetim original. Simples e batalhadora, Raquel (Taís Araujo, substituta de Regina Duarte) se vê às voltas com golpes de Maria de Fátima (Bella Campos), a filha mau-caráter que faz de tudo para se tornar rica e famosa. Em 1988, Glória Pires brilhou como a garota vilã.


O ambicioso e bonitão César (Carlos Alberto Ricelli, hoje Cauã Reymond), outro mau-caráter, é o parceiro da moça no desenfreado alpinismo social. Maria de Fátima engana deus e o mundo e quer conquistar Afonso (Humberto Carrão, substituto de Cassio Gabus Mendes), filho da poderosa empresária Odete Roitman (Débora Bloch), de quem se torna aliada. As duas vão dividir o arrivista César.


“Odete é uma grande personagem. Ela é o retrato de uma classe que despreza o Brasil e, ao mesmo tempo, se beneficia dele. É interessante e muito atual. O país mudou bastante, mas estamos vendo a volta de um pensamento conservador, preconceituoso e retrógrado no mundo”, afirma a atriz Débora Bloch.


A bem-intencionada Raquel se envolve com Ivan (Renato Góes), executivo em busca de oportunidades na vida profissional, que ingressa na empresa dos Roitman. Na versão original, o Ivan gente-boa de Antônio Fagundes trocou Raquel pela milionária Heleninha.


Em torno de Odete, Maria de Fátima e Raquel transitam personagens remediados às voltas com o sedutor (e tentador) universo dos milionários. Resta saber como ficará a cara do Brasil ao “ressuscitar” a sua vilã nº 1. (Com agências)

* O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Globo

“VALE TUDO”
Remake da novela de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères exibida em 1988/1989. Criação: Manuela Dias. Direção: Paulo Silvestrini. Estreia nesta segunda-feira (31/3), às 21h20, na TV Globo.

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