
O roteiro turístico da natureza foi apresentado, nessa quinta-feira (16/03), na sede do Sebrae Minas. O projeto abrange cinco municípios da região do Espinhaço: Grão Mogol, Botumirim, Cristália e Itacambira, no Norte de Minas; e Turmalina, no Vale do Jequitinhonha.
O projeto é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), do Sebrae Minas, da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura – Abeta e do Comitê Gestor da Reserva da Biosfera Unesco, em parceria com as prefeituras dos municípios a serem visitados.
O secretário municipal de Turismo de Grão Mogol, Italo Mendes Oliveira, salienta que a “cordilheira do Espinhaço” é a maior cadeia de montanhas do Brasil (a segunda da América Latina), compreendendo uma extensão de 1 mil quilômetros, que parte de Ouro Branco (região Central de Minas) até a Chapada Diamantina (Bahia), alcançando 179 municípios, com um grande potencial turístico, porém, até então, pouco explorado.
“Estamos falando daquela que é considerada a única cordilheira brasileira. É uma região com enorme potencial, mas que ainda não era apresentado como produto turístico”, observa Ìtalo. Ele lembra que, inicialmente, embora o projeto vai contemplar cinco cidades, a meta é a interação com outros municípios alcançados pela formação geológica.
O secretário de Turismo de Grão Mogol salienta que os seis municípios do destino turístico da Cordilheira do Espinhaço no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha contam com grandes potencialidades para o ecoturismo, principalmente para o chamado “cicloturismo” (eios de bikes), caminhadas e observação de aves.
O destaque na região de Botumirim é a presença da rolinha-do-planalto, considerada uma das 10 aves mais raras do mundo. Nos últimos dois anos, a região recebeu visitas de turistas de 35 países para ver de perto e fotografar a espécie rara. “Isso quer dizer que a região também tem demanda para o turismo internacional”.
Ìtalo ressalta que o circuito conta atrativos históricos como a Igreja Matriz de Santo Antonio, de Itacambira, com cerca de 300 anos construída, e o caso histórico de Grao Mogol. Nesta última cidade, também chama atenção o presépio permanente “Mãos de Deus”, o maior projeto a céu aberto do mundo.
Além disso, observa, na área da “cordilheira”, encontram-se dois parques nacionais, da Serra do Cipó e das Sempre-Vivas. A região conta com diversas unidades de conservação, entre elas o Parque Estadual de Grão Mogol.
A importância da iniciativa é enaltecida pelo secretario de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. Ele salienta que 90% da região da Serra do Espinhaço estão no território mineiro, atravessando três diferentes biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. “Por essa razão, possui uma biodiversidade imensa, além de cânions, lagos, rios e cachoeiras que constituem paisagens inesquecíveis e exuberantes”, destaca o secretário.