
“Estamos mirando mais a volta daquele segmento mais vulnerabilizado da sociedade, que está sofrendo muito, inclusive ando fome. Quando a gente flexibilizou, com os números em queda, ainda não está no ideal e o vírus está circulando de forma muito intensa ainda. Estamos com uma média de 400 casos por 100 mil habitantes, que é muito alta. Então, quando a gente fala do retorno às aulas, é mais apontando para esse segmento de vulnerabilidade”, frisou o infectologista.
Ele ressalta que, se possível, é melhor que os pais mantenham os filhos em casa, com ensino remoto. “A gente sabe que tem muitas crianças sofrendo, mas aquelas da periferia estão sofrendo mais. Então eu recomendo que se tiver condições, fique em casa, espera um pouco que a vacina está chegando. A gente tem que ampliar a cobertura da equipe de profissionais das escolas, professores, trabalhadores envolvidos ainda”, afirmou.
Segundo Unaí, caso não seja possível manter as crianças em casa, se certificar de analisar o protocolo adotado pelas escolas. “A gente entende o sofrimento dos pais e das crianças, então caso faça a opção de ir, certifique-se que aquela escola segue todo protocolo de segurança, tenha buscativo de casos, que esteja testando as pessoas com suspeita”, disse. “Ter um autocuidado é muito importante. O que é isso? Se, por exemplo, na minha casa tiver alguém com COVID, então fico de quarentena e não vou à escola. Ou então observar os sintomas- estou com dor de cabeça, também não vou porque posso estar com COVID. Autocuidado de isolamento, quarentena”, alerta.
O médico infectologista também reforça que as escolas devam ter atenção nos alunos. “Se for detectado surtos precocemente, não será preciso fechar toda escola. Numa bolha, se der positivo em uma pessoa, então aquela bolha vai ficar isolada. Mas se tiver dois casos em bolhas diferentes, a escola toda vai ter que ser fechada”, pontua.
Unaí relembra que em julho do ano ado, ele defendia um retorno às aulas no momento ideal se ainda não tivessem a vacina. “Naquela época a gente era um dos poucos que defendia isso, mas agora não justifica voltar se a vacina tá logo ali. Nesse cenário que a gente tá tendo de 400 casos a cada 100 mil habitantes, num abril mais letal da pandemia, eu acho que corremos o risco de pôr tudo a perder”, destaca.
Ele também acredita que o ideal era que pudesse ser feito um lockdown de 21 dias, mas com as pessoas recebendo o auxílio emergencial. “Belo Horizonte estava fechado há mais de 40 dias. A crise econômica, a fome tava abraçando em todos os setores. Então a gente achou que poderia flexibilizar por conta disso, mas o ideal era que as pessoas pudessem ficar em casa recebendo o auxílio emergencial, não esse de fome que é de R$ 200, mas o de R$ 600”, avaliou.
A Secretaria Municipal de Educação definiu que a volta às aulas em BH será feita em etapas, seguindo protocolos sanitários para garantir a segurança de alunos, professores e colaboradores das instituições. O avanço em cada estágio vai depender dos indicadores da pandemia.
Para entender todo processo de retomada ao ensino presencial, e a reportagem completa do Estado de Minas.
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Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil 6a5j2t
Oxford/Astrazeneca 4n3s62
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
CoronaVac/Butantan 42403
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
Janssen 3c6n33
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
Pfizer 6y46e
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19: 4i5g9
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- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam 6i94m
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também: 215n
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