
A motivação de Éder Júlio veio de uma experiência triste durante o trabalho. “Quando eu era enfermeiro assistente na área de emergência e urgência, atendi a uma ocorrência de parada cardíaca. Esse senhor veio a óbito e eu vi o filho dele chorando muito. Esse filho era surdo e mudo e foi quem presenciou os primeiros sintomas do pai. Só que ele não conseguiu acionar o socorro e chorava muito. Ficou muito triste e isso me comoveu muito”, relembra o professor universitário.

O artigo da dissertação de mestrado em tecnologia aplicada à saúde foi publicado em revista científica internacional e saiu do papel com o aplicativo: Socorro com as mãos.
“O aplicativo traz uma interface bem amigável. Idoso, criança, analfabeto, todos conseguem manusear, porque ele tem ícones. Então, a central vai ser acionada através desses ícones, que já sinaliza para o policial, bombeiro ou médico do que se trata a ocorrência”, diz.
De acordo com o professor, a Sociedade Brasileira de Surdos deve criar um código de validação para os usuários. Empresas estão interessadas em investir no aplicativo, que em breve, estará disponível em todas as plataformas.
“Já era para estar disponível, mas tivemos atraso por causa da pandemia. Estou negociando com duas empresas”, ressalta.
Ajuda da primeira-dama 1s3p17

"Toda a criação foi custeada por mim até então. Um deputado vai enviar um ofício para a primeira-dama pedindo incentivo federal. A ideia é que muitas pessoas que não possuem voz ou não ouvem possam ser salvas”, afirma.
Além de professor do Curso de Enfermagem da UninCor, Éder é especialista em urgência e emergência, nefrologia, MBA em segurança do paciente e qualidade dos serviços de saúde e mestre em tecnologia aplicada à saúde.