DOENÇA INCAPACITANTE

Seis dicas para assumir o controle da enxaqueca

Neurologista comenta sobre como alimentação, diário de crises e estilo de vida ajudam a reduzir a frequência e a intensidade da dor

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As enxaquecas, caracterizadas por dores de cabeça recorrentes, estão entre as doenças mais incapacitantes. Segundo estudo recente do Instituto WifOR sobre o impacto socioeconômico da enxaqueca em oito países da América Latina, incluindo o Brasil, estima-se que 31,4 milhões de brasileiros convivem com a doença. Apesar desse número expressivo, apenas 40% dos casos são diagnosticados e tratados adequadamente.

Para ajudar as pessoas com essa condição, a médica neurologista Josemary Sucupira, do Hospital Orizonti, traz dicas para quem sofre de enxaqueca.

Procure um médico

Com apenas 40% dos casos diagnosticados e tratados adequadamente, procurar um profissional de saúde é fundamental para quem sofre com dores de cabeça constantes. A automedicação deve ser evitada, pois isso pode mascarar outros problemas de saúde e levar ao uso inadequado de medicamentos. Um médico especialista poderá avaliar os sintomas, identificar o tipo de enxaqueca e recomendar o tratamento mais adequado para o caso.

Crie um diário da enxaqueca

A enxaqueca se manifesta de formas diferentes em cada pessoa, por isso, manter um diário detalhado da doença pode ajudar a entendê-la melhor. Anote as dores, incluindo a data, hora, intensidade (em uma escala de 0 a 10), localização da dor e características (se é pulsátil, latejante, etc.).

Registre também os possíveis gatilhos, como alimentos consumidos, níveis de estresse, qualidade do sono e mudanças hormonais, especialmente para mulheres. Inclua informações sobre a rotina diária, como horários de sono e alimentação, e seus níveis de ansiedade. Anote os medicamentos utilizados para alívio imediato e sua eficácia.
 
Para quem tem mais de 50 anos e está experimentando dores de cabeça novas ou diferentes, é importante registrar as ocorrências e procurar um médico para descartar outras causas. Ao longo do tempo, esse diário se tornará um mapa valioso para identificar padrões, prever crises e personalizar seu tratamento.

Evite o jejum prolongado

O jejum prolongado pode levar a quedas nos níveis de glicose no sangue, um gatilho comum para crises de enxaqueca. Fazer refeições a cada três horas, mesmo que sejam pequenos lanches saudáveis, para manter seus níveis de energia estáveis e evitar o desencadeamento da dor pode fazer a diferença. Opte por alimentos nutritivos e evite pular refeições, especialmente o café da manhã.

Domine seus gatilhos alimentares

Se o jejum deve ser evitado, a identificação dos gatilhos alimentares também é importante no controle da enxaqueca. Embora alguns alimentos sejam conhecidos por desencadear crises em muitas pessoas, cada indivíduo pode ter sensibilidades específicas.

Os vilões mais comuns incluem chocolate (especialmente o amargo), alimentos condimentados (como pimentas e molhos picantes), bebidas alcoólicas (principalmente vinho tinto e cerveja) e queijos curados. No entanto, alguns pacientes relatam sensibilidade a frutas cítricas,  banana ou outros alimentos inesperados.

Além disso, o consumo de café deve ser monitorado, já que, para algumas pessoas, a cafeína pode aliviar a dor, enquanto para outras, pode ser um gatilho. Beber água regularmente ao longo do dia também é fundamental, pois a desidratação pode desencadear crises.

Cuide da saúde hormonal 

De acordo com o estudo do Instituto WiFor, 63% das pessoas com enxaqueca são mulheres, e a doença é a principal causa de incapacitação nesse público. Para muitas mulheres, as flutuações hormonais associadas ao ciclo menstrual podem ser um gatilho significativo para a enxaqueca.

Uma dica valiosa é conversar com o médico sobre opções para regular seus hormônios, como pílulas anticoncepcionais de uso contínuo ou outras terapias hormonais. Além disso, adotar hábitos saudáveis que promovam o equilíbrio hormonal, como uma dieta rica em nutrientes, exercícios regulares e sono adequado, ajuda no controle de crises.

Movimente-se

O exercício ajuda a reduzir a tensão, melhorar o bem-estar geral e liberar endorfinas, que têm efeito analgésico natural. Escolha uma atividade que você goste e que se encaixe na rotina, como caminhada, corrida, natação, yoga ou dança, começando devagar e aumentando gradualmente a intensidade e a duração dos exercícios.

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