SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5) mostra o presidente Lula (PT) em dificuldades no cenário eleitoral para o próximo ano

De acordo com a empresa de pesquisas, o petista perdeu vantagem em simulações de segundo turno da disputa presidencial e agora empata tecnicamente com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), além da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL). 

Em cenário de segundo turno em que o atual presidente concorre com Tarcísio, Lula tem 41% das intenções de voto, ante 40% do adversário. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, a situação é considerada um empate técnico. Votos em branco ou nulo e eleitores que não vão votar somam 14%, e os indecisos, 5%. 

Na pesquisa anterior da empresa, em março, Lula ainda tinha vantagem sobre Tarcísio: os índices eram de 43% a 37%. Meses antes, a dianteira era bem mais folgada: 52% a 26%. 

A Genial/Quaest fez nesta rodada 2.004 entrevistas em 120 municípios, da quinta-feira ada (29) até o domingo (1º). O nível de confiança é de 95%. 

Na simulação de segundo turno entre Lula e Ratinho Junior, o empate também é configurado: o petista teria 40% dos votos, e o rival, 38%. Os indecisos somam 4%, e brancos, nulos e eleitores que não votarão outros 17%. Em março, o placar estava em 42% a 35%. 

Quando o adversário apresentado é Michelle Bolsonaro, Lula tem 43% dos votos, ante 39% da adversária. Nesse caso, a diferença está no limite da margem de erro (de dois pontos para mais ou para menos), e a Genial/Quaest considera também um quadro de empate. 

A situação também ocorre quando o rival de Lula é Eduardo Leite. O petista obtém 40% dos votos, e o governador gaúcho, 36%. 

O levantamento mostra ainda Lula e Jair Bolsonaro (PL) empatados com 41% das intenções de voto em simulação de segundo turno. O ex-presidente, porém, está inelegível até 2030 por causa de condenação na Justiça Eleitoral, embora diga que vá se candidatar. 

O atual mandatário manteve a liderança em simulações com outros três nomes cotados para a disputa. 

Quando o adversário no segundo turno é o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula vence por 44% a 34%. 

Em disputa com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o petista tem 42% das intenções de votos, ante 33% do adversário. 

Por fim, em cenário de segundo turno entre Lula e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o placar fica em 43% a 33%. 

A empresa de pesquisa também perguntou se o atual presidente deveria se candidatar à reeleição. Disseram que não 66% dos entrevistados ?o índice era de 52% no levantamento feito em dezembro. 

Além disso, a pesquisa aponta que 65% entendem que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura agora e apoiar outro candidato. O ex-presidente promete insistir em disputar a Presidência, comportamento que tende a embaralhar a escolha de um outro nome de seu campo político para 2026. 

Para 17%, se Bolsonaro não for candidato, o nome da direita na sucessão presidencial deve ser Tarcísio, e 16% responderam Michelle. Outros 11% citaram Ratinho Junior. 

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A Genial/Quaest também pesquisou a rejeição dos candidatos. Nesse quesito, os dois principais líderes políticos do país estão à frente. 

Disseram que conhecem e não votariam em Lula 57%, ante 40% que responderam que conhecem e votariam. Em relação a Bolsonaro, os números são parecidos: 55% disseram que conhecem e não votariam, ante 39% que responderam na linha oposta. 

Outro com rejeição elevada é Eduardo Bolsonaro, com 56% de respostas "conhece e não votaria". 

Na pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado), Lula tem 11% das intenções de voto, e Bolsonaro marca 9%. 

O levantamento da Quaest é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.

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