POLÍTICA

Em Paris, Lula cobra regulação das redes e ataca Bolsonaro

O discurso ocorreu durante homenagem da prefeita da capital sa, a socialista Anne Hidalgo, a Lula e à comunidade brasileira na França

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PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - Em um discurso improvisado de 42 minutos na Prefeitura de Paris, o presidente Lula (PT) cobrou coragem do Congresso para regular as redes sociais, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será julgado pelas mortes na pandemia da Covid-19 e que já fez o dobro do que o golpista fez em dois anos e meio de mandato.

Afirmou ainda que jamais conseguiria ser primeiro-ministro se o Brasil adotasse o parlamentarismo.

O discurso ocorreu durante homenagem da prefeita da capital sa, a socialista Anne Hidalgo, a Lula e à comunidade brasileira na França.

"Nós temos meia dúzia de empresas de aplicativos que mandam no mundo. Estamos precisando trabalhar a regulação das redes digitais. É preciso que o parlamento tenha coragem. Se o parlamento não tiver, que tenha a Suprema Corte de fazer uma regulação. Então essa é a briga que nós temos pela frente agora. É uma briga diferente. É uma briga que vai precisar mais participação social", disse Lula.

No discurso, ele fez duas referências a seu antecessor, Jair Bolsonaro. A primeira foi em uma crítica sobre o negacionismo da ultradireita.

"O Bolsonaro, haverá um dia em que ele será julgado como criminoso, por não respeitar a ciência e permitir que no Brasil morressem mais de 700 mil pessoas de Covid, quando ele orientava as pessoas para tomar remédio que cientificamente não servia para combater a Covid, quando ele fazia discurso para que as pessoas não tomassem vacina porque vacina fazia virar gay, virar mulher, virar jacaré", disse Lula.

A segunda referência foi para comparar as realizações de seu mandato com as do governo Bolsonaro.

"Eu estou na presidência tentando fazer aquilo que é possível fazer. Tenho certeza que em dois anos e quatro meses de governo nós já fizemos o dobro do que outro governo fez e do que o golpista fez. No campo da educação, da saúde, da construção civil, da geração de emprego, do aumento do salário, eu tenho certeza que nós fizemos o dobro", afirmou.

Em seguida, ele se referiu a uma futura "campanha", sem esclarecer se se referia às eleições de 2026: "Eu estou convencido de que nós vamos fazer uma campanha muito dura, não apenas no Brasil, mas no mundo, de que a verdade não pode ser derrotada pela mentira pela fake news e pela cretinice." E insinuou que não poderá se aposentar da política tão cedo: "Lamentavelmente eu estou prometendo para a minha família parar de lutar desde 1978. Veja quantos anos faz, e cada dia aumenta mais a nossa responsabilidade mais o nosso compromisso."

O presidente disse que é um produto da democracia, e que jamais chegaria ao poder em um regime parlamentarista.

"Se não fosse a democracia, eu não tinha chegado nunca a presidente da República do meu país. Tem muita gente que fala que o parlamentarismo é melhor no Brasil. Mas eu jamais seria escolhido primeiro-ministro dentro do Congresso Nacional. Então a única chance que eu tenho é exatamente o povo votar. Por isso, eu sou o único brasileiro que tem três mandatos de presidência da República eleito diretamente pelo povo."

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