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REPERCUSSÃO

Golpe de estado: veja o que dizem aliados de Lula e Bolsonaro

Atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foram a "última esperança" de grupo criminoso para tentar consolidar um golpe, afirma PGR

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Aliados de Jair Bolsonaro (PL) e do presidente Lula (PT) se manifestaram nas redes sociais nesta terça-feira (18/2), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o ex-chefe do Executivo nacional e mais 33 pessoas por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AM), líder do governo no Congresso Nacional, comemorou dizendo que “após o indiciamento da Polícia Federal, Jair Bolsonaro é finalmente denunciado pela PGR”.

“Agora pode virar réu, com direito a ampla defesa. É acusado de organização criminosa, tentativa de golpe e abolição da democracia. Se condenado, pode pegar até 28 anos de cadeia. [A Justiça] Tarda, mas não falha”, escreveu.

Já o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), pontuou que “Bolsonaro e seus aliados tentaram de tudo para se manter no poder após serem derrotados nas urnas pelo presidente Lula em 2022”.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) declarou que “eles queriam ass Alexandre de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin”. Essa turma do Bolsonaro tem que ser punida. Lembro-me que dos assassinos de Rubens Paiva (na ditadura militar) ninguém foi punido. Agora, os militares e o autor intelectual, que é Jair Messias Bolsonaro, têm que ser punidos”, escreveu no X.

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-RS) disse que agora será “sem anistia”. “A denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro, seu candidato a vice, o general Braga Netto, além de outros militares desonrados, seu ex-ministro da Justiça e outros cúmplices, é um o fundamental na defesa da democracia e do estado de direito”, afirmou. “É a verdade falando alto, para que todos paguem pelos seus crimes. E que nunca mais tentem fraudar eleições, depor governos legítimos, tramar assassinatos. Golpe e ditadura, nunca mais”, completou.

“Fizeram de tudo pra ganhar a eleição, espalharam mentiras e ainda assim perderam. Tramaram dia e noite o fim da democracia, colocaram os seus interesses acima da vontade popular, depredaram o nosso patrimônio e alma do nosso país. Eles precisam pagar pelos seus crimes”, opinou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Oposição

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, falou que “a tentativa de golpe em prédios públicos vazios resultou em uma denúncia vazia”, porque não há nenhuma prova.

“Mesmo depois de Alexandre de Moraes ter esculachado o Ministério Público Federal na fabricação dos inquéritos e torturado Mauro Cid para “delatar” o que não existia, a PGR se rebaixa. Cumpre sua missão inconstitucional e imoral de atender ao fígado de Alexandre de Moraes e ao interesse nefasto de Lula, que está nos seus últimos meses de presidência. Hoje tem comemoração dos destruidores da democracia em Brasília. Não vamos desistir do Brasil.”

A defesa do general Walter Braga Netto, um dos 34 denunciados pela PGR, alegou que seu cliente está preso há mais de dois meses, não teve amplo o aos autos e foi “sumariamente ignorado pela PF e pelo MPF” ao pedir para prestar esclarecimentos.

“A fantasiosa denúncia apresentada contra o general Braga Netto não apaga a sua história ilibada de mais de 40 anos de serviços ao exército brasileiro”, afirmam os advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall'Acqua.

“É inissível numa democracia, no Estado Democrático de Direito, tantas violações ao direito de defesa serem feitas de maneira escancarada. A imprensa não pode ser omissa em noticiar essas ilegalidades. A defesa confia na Corte, que o STF irá colocar essa malfadada investigação nos trilhos.”

Líder da oposição na Câmara dos Deputados, o deputado federal Zucco (PL-RS), emitiu uma nota de repúdio contra a denúncia da PGR. “É imperativo destacar que tal denúncia carece de fundamentação jurídica sólida e parece estar alicerçada em interpretações subjetivas, desprovidas de evidências concretas que sustentam as graves acusações imputadas. Além disso, a celeridade com que a Polícia Federal concluiu o inquérito e encaminhou relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), sem a devida observância dos direitos constitucionais ao contraditório e à ampla defesa, suscita questionamentos acerca da imparcialidade”, escreveu.

O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) disse que a denúncia decorre do que qualificou como “perseguição” motivada por “medo”. “Sabem que Bolsonaro ganha do ‘descondenado’ no 1° turno. O aparelhamento da PF e da Justiça para fins políticos nunca foi tão escancarado”, avaliou.

“Sem surpresas. Papel cabe tudo. Um golpe que não houve. Uma revolta popular sem liderança e por pessoas desarmadas”, completou o senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL.

O ex-ministro da Casa Civil e senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez uma declaração sucinta: “Bolsonaro é um homem honesto, de bem e inocente”.

Denúncia da PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou na denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o dia dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foi a “última esperança” do grupo criminoso para tentar consolidar um golpe de Estado no país. Segundo o órgão, os envolvidos trocaram mensagens comemorando a “boa notícia” da invasão das sedes dos Três Poderes.

“A última esperança da organização estava na manifestação de 8 de janeiro. Os seus membros trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia. A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Os participantes daquela jornada desceram toda a avenida que liga o setor militar urbano ao Congresso Nacional, acompanhados e escoltados por policiais militares do Distrito Federal”, diz o Ministério Público Federal (MPF).

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