x
JUSTIÇA

Desembargadora que atacou Marielle é afastada e tem salário reduzido

Desembargadora afirmou que Marielle Franco estava 'engajada com bandidos'. Conselho proíbe manifestação de magistrados sobre temas de cunho político-partidário

Publicidade
Carregando...

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) condenou, nesta terça-feira (21/5), a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, à proibição de atuar por 90 dias por atacar a vereadora Marielle Franco (Psol) — assassinada em março de 2018 — e outras condutas inadequadas nas redes sociais. Segundo o órgão, ela também terá o salário reduzido (o cálculo é feito com base no tempo de magistratura)

À época do assassinato de Marielle, a magistrada publicou, nas redes sociais, que a vítima estava “engajada com bandidos”.

Leia também: MST: Câmara aprova projeto que pune invasores de terra

“Seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, postou a desembargadora, atribuindo a morte ao comportamento da própria Marielle.

A Corte também analisou outras condutas inadequadas da juíza. O CNJ apontou o desvio de conduta por fazer uma série de postagens em redes sociais de cunho preconceituoso, transfóbico e de ódio. Ela também teria atacado o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), além de ter criticado uma professora com síndrome de Down.

A desembargadora já foi alvo de vários procedimentos disciplinares no CNJ. A Corte proíbe que os juízes se manifestem em redes sociais sobre temas de cunho político-partidário.

STJ

Em 2021, ela foi absolvida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo crime de calúnia contra a vereadora. Para os ministros, as retrações públicas feitas Marília de Castro, na internet, foram suficientes.

No CNJ, os advogados da juíza alegam que o “magistrado também é cidadão” e que tem direito à livre expressão. A defesa também argumenta que as postagens foram feitas em uma conta pessoal em que ela não se identifica como desembargadora.

Tópicos relacionados:

boulos marielle rio-de-janeiro

e sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os os para a recuperação de senha:

Faça a sua

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay