
Valdemar diz que foi pressionado por Bolsonaro e deputados a questionar urnas
Presidente do PL afirmou à Polícia Federal que a ação contra urnas eletrônicas no Tribunal Superior Eleitoral foi pressionada por políticos da sigla
compartilhe
Siga noO presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que foi pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por deputados da sigla para ajuizar a ação contra as urnas eletrônicas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois do segundo turno das eleições.
O pedido foi feito no dia 22 de novembro de 2022 e gerou multa de R$ 22,9 milhões ao partido.
16/03/2024 - 11:53 Plano era prender Moraes no dia 18 de dezembro, diz coronel em depoimento 16/03/2024 - 11:56 Ato de Bolsonaro: Nunes Marques arquiva pedido de investigação contra Zema e Nikolas 16/03/2024 - 12:07 PF: minuta encontrada na casa de Torres era última versão do documento
A ação do PL pedia a anulação de 279.336 urnas eletrônicas no returno das eleições daquele ano. Em um relatório, o partido alegava "falhas insanáveis" que colocaram em risco o resultado da disputa entre Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Leia também: Bolsonaro consultou AGU sobre 'ato' contra eleições, diz ex-chefe da FAB
"Indagado se o então presidente Jair Bolsonaro insistiu com o declarante para ajuizar ação no TSE questionando o resultado das urnas eletrônicas, (Valdemar) respondeu que quando houve o vazamento do relatório do IVL, os deputados do Partido Liberal e então presidente Bolsonaro o pressionaram para ajuizar tal ação no TSE", diz um trecho da íntegra do depoimento de Valdemar à PF, que teve o sigilo quebrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa sexta-feira (15/3).