Pedro Sánchez afirma que desconhecia suposta corrupção do dirigente socialista espanhol que renunciou
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Siga noO presidente do Governo, Pedro Sánchez, pediu desculpas aos espanhóis após a renúncia do número três de seu Partido Socialista, vinculado a um escândalo de corrupção, e embora tenha itido que nunca deveria ter "confiado nele", assegurou que "não sabia absolutamente nada" sobre as supostas ilegalidades.
"Quero pedir desculpas porque até esta manhã eu estava convencido da integridade de Santos Cerdán", afirmou o dirigente em coletiva de imprensa na sede do Partido Socialista em Madri, onde reconheceu ter "muitos defeitos", mas garantiu que "sempre" trabalhou "pela política limpa".
"Não conhecia absolutamente nada" sobre as suspeitas sobre Cerdán, afirmou Sánchez, que disse que soube do caso "ao longo desta manhã", após o qual se reuniu com ele e pediu que renunciasse.
O número três do partido que governa a Espanha desde 2018 decidiu renunciar depois que, nesta quinta-feira (12), um juiz do Tribunal Supremo revelou um relatório policial que mostra "indícios consistentes sobre a possível participação" de Cerdán junto ao ex-ministro José Luis Ábalos e o assessor próximo deste, Koldo García Izaguirre, "em uma adjudicação indevida" de contratos públicos em troca de dinheiro.
Este caso é uma dor de cabeça adicional para Pedro Sánchez, cujo entorno tem muitos processos judiciais abertos.
A esposa de Sánchez, Begoña Gómez, é investigada por suposta corrupção e tráfico de influências; seu irmão, David Sánchez, será julgado por suposto tráfico de influências devido à sua contratação em uma instituição pública; e o procurador-geral, nomeado pelo governo, ficou a um o de sentar no banco dos réus por vazar documentos judiciais contra a oposição.
De qualquer forma, Sánchez descartou convocar eleições antecipadas alegando que este caso "não está afetando o governo da Espanha, mas apenas o partido".
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