Internacional

Irã adverte europeus para que não cometam 'erro estratégico' em tema nuclear

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O Irã alertou, nesta sexta-feira (6), que os europeus cometerão um "erro estratégico" se apoiarem uma resolução na próxima semana acusando Teerã de descumprir suas obrigações nucleares. 

Segundo fontes diplomáticas, os europeus e os Estados Unidos planejam apresentar uma resolução contra o Irã ao conselho de governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, que inclui a ameaça de encaminhar o caso às Nações Unidas. 

O texto, redigido pelos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, "baseia-se no relatório completo" divulgado há alguns dias pela AIEA, disse uma dessas fontes, especificando que a votação deve ocorrer nesta quarta-feira em Viena. 

Nesse documento, que o Irã chamou de "político", a AIEA insta Teerã a ser mais transparente sobre seu programa nuclear. 

"Em vez de agir de boa-fé", esses países optaram por "ações maliciosas contra o Irã no Conselho de Governadores da AIEA", denunciou o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, no X. 

"Tomem nota das minhas palavras agora que a Europa está considerando outro grande erro estratégico: o Irã reagirá firmemente a qualquer violação de seus direitos", acrescentou. 

O Irã acelerou sua produção de urânio enriquecido a 60% nos últimos meses, próximo ao limite de 90% necessário para fabricar uma bomba. 

Por sua vez, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, observou em entrevista ao Financial Times publicada nesta sexta-feira que, embora "o Irã não possua atualmente uma arma nuclear, possui o material". 

Juntamente com Rússia e China, França, Reino Unido e Alemanha fazem parte de um acordo para limitar o programa nuclear iraniano, firmado com a República Islâmica em 2015. 

Os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente do pacto três anos depois, durante o primeiro mandato de Donald Trump. 

Países ocidentais, a começar pelos Estados Unidos, e Israel suspeitam que o Irã queira adquirir armas nucleares, algo que Teerã nega veementemente. 

O Irã e os Estados Unidos, inimigos há mais de 40 anos, estão em negociações para chegar a um novo acordo que impeça Teerã de adquirir armas nucleares, em troca do levantamento das sanções contra sua economia. 

Grossi considerou que, se as negociações fracassarem, isso poderá "muito provavelmente" levar a uma "ação militar" contra o Irã, algo que tanto os Estados Unidos quanto Israel vêm ameaçando.

rkh/sg/tp/hme/jvb/eg/jc/aa

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