Pai que matou o filho em MG é condenado a 30 anos de prisão
O crime aconteceu em 31 de agosto do ano ado. A vítima foi assassinada a facadas no quintal de casa
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Siga noO homem que matou o próprio filho em 2024, no município de João Pinheiro, na Região Noroeste de Minas Gerais, foi condenado a 30 anos de prisão no julgamento que aconteceu nessa terça-feira (3/6). Durante o júri, o réu chegou a confessar outros crimes. A decisão foi de prisão em regime fechado sem direito de recorrer em liberdade. O histórico de violência familiar pesou na condenação.
O julgamento de Arlindo Pereira de Lima, de 76 anos, pelo homicídio de Renato Borges Pereira, que tinha 34 anos, aconteceu no fórum de João Pinheiro. O réu já havia confessado a culpa. A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontava que o crime foi cometido por um motivo fútil e que a vítima não teve chance de se defender.
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Do outro lado, a defesa do réu alegava legítima defesa, dizendo que Arlindo Pereira teria reagido a uma agressão do filho.
O crime aconteceu em 31 de agosto do ano ado. A vítima foi assassinada a facadas no quintal de casa, no Bairro Ruralminas, em João Pinheiro por conta de uma briga entre pai e filho, envolvendo o comportamento do neto do acusado.
Discussões entre os dois e demais familiares eram comuns, como apontaram testemunhas. A briga que resultou no assassinato não teve nada de diferente das demais, a não ser a reação extrema do idoso contra o filho.
Há relatos de que Arlindo Pereira já teria agredido o filho antes, por conta de discussão envolvendo religião, o que resultou em troca de mais agressões entre pai e filho em seguida. Fato que aconteceu dois anos antes do assassinato.
Inclusive, em depoimento, a irmã de Renato Pereira afirmou que o ambiente familiar era marcado por episódios de agressividade. Um primo da vítima relatou ter presenciado uma discussão horas antes do assassinato.
Durante o julgamento, foram trazidos à tona outros episódios em que o réu teria tentado ou mesmo matado mais duas pessoas, além de casos de agressão.
Com o júri declarando Arlindo culpado, o juiz Hugo Silva Oliveira condenou o réu a 30 anos de prisão, levando em consideração o crime com motivação fútil e por a vítima não ter como se defender, mas ressaltando também o histórico de violência do homem.