Preparando para enfrentar a vida

Empresária faz sucesso com curso de educação financeira para adolescentes, jovens e mulheres

Publicidade
Carregando...

ducação vem do berço, todo mundo sabe. Para a a com especialização em finanças Luciana Ballesteros, finança também deveria vir do berço. Mas como aqui no Brasil a cultura não é essa, ela resolveu esse problema criando a Financial Experts, a primeira escola do Brasil com uma missão transformadora: levar educação financeira de qualidade para jovens a partir dos 12 anos. E deveria ser obrigatório para todo adolescente.

Luciana sempre gostou do tema. Não é para menos. Sua mãe se formou em economia em 1985, já no final da gravidez de Luciana, que nasceu dois meses depois. “Quando eu era criança, via calculadora HP na mesa e já pegava querendo aprender a mexer. Levei minha vida acadêmica para esse lado. Quando fui a Nova York pela primeira vez, aos 15 anos, com minha avó, fui ver o touro de Wall Street”, relembra.

Quando ela se formou, seu pai tinha uma construtora e o setor estava em crise. Ele a presenteou com um dinheiro e Luciana montou uma carteira e investiu valor. “A carteira arrebentou. Foi sorte de iniciante. Depois vi que o buraco era mais embaixo, que era preciso entender mais o mercado, e me aprofundei.”
ou a receber pedido das amigas para ajudar em aplicações, compra de carro etc. “Tenho uma amiga que é médica. Ganha muito bem e só faz coisa errada. Compra apartamento errado, e o dinheiro vai ralo abaixo.”

O gatilho de Ballesteros para abrir o curso foi a gravidez do filho mais velho, hoje com 6 anos. “Só pensava em que o meu filho de fato precisaria. Ele não precisaria de uniforme de um time, não seria importante eu pensar na profissão que ele iria escolher. Mas seria fundamental ele ter uma educação financeira, e isso ele não teria em uma escola. Eu precisava trazer esse conhecimento para ele e para tantos outros meninos que tem ai. Não existe medicina preventiva? Por que não trazer isso como preventivo? O financeiro preventivo. Essa foi a ideia e por isso o foco foi o adolescente”, explica.

Luciana criou o projeto-piloto em 2019 e abriu a empresa em 2020, com a proposta de um ensino para a vida, e não para quem quer trabalhar no mercado. Mas aberto para todos. Afinal, tomamos decisões financeiras toda hora, todos os dias, desde quando vamos tomar um cafezinho a escolhas maiores, como a compra de um imóvel ou como investimos o nosso dinheiro. Aprender sobre como gerir o dinheiro de forma prática é nos preparar para termos uma vida financeira adulta, saudável, é estar preparado para trabalhar com dinheiro.

Assim que abriu o curso veio a pandemia, e isso serviu para ela se adaptar, lançar o curso on-line, mais enxuto. Hoje, o curso é de um ano, com uma aula semanal, em formato on-line ou híbrido. À medida que cresceu surgiram novas demandas e a Financial Experts criou o curso Master, para jovens acima dos 17 anos, que estão entrando na Universidade e o Finanças para Elas.

“Abri o Finanças para Elas em 2021, quando recebi uma a mãe de um aluno. Ela tinha acabado de perder o pai, tinha comprado uns seis cursos sobre finanças, ia às aulas, mas não entendia nada porque não tinha a base. Queria entender o que falavam. O curso é enxuto e básico. Tenho alunas de até 70 anos, que contam que aram a vida se reunindo com gerentes de banco e se sentindo a pessoa mais burra do mundo, porque não entendia o que falavam. Usamos linguagem fácil, interativa, boa didática. É o curso que mais cresce”, conta.

De acordo com uma pesquisa do Banco Central e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), em uma escala de 0 a 100, o nível médio de letramento financeiro dos brasileiros é de 59,6. O índice considerou comportamento financeiro, atitude ao fazer escolhas financeiras e conhecimento sobre finanças. Em relação aos jovens, um levantamento feito pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), concluiu que 45% dos adolescentes brasileiros de 15 anos apresentam baixo desempenho na alfabetização financeira, colocando o Brasil na 18ª posição na lista que conta com 20 países e economias.

Para Luciana Ballesteros, a educação financeira tem o poder de transformar a vida das pessoas. “Esse conhecimento muda a forma de lidar com o dinheiro, baseada no entendimento do seu verdadeiro valor e na autonomia para fazer escolhas conscientes”, destaca. Com uma equipe formada por professores qualificados, com certificações nacionais pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e CFP® (Certified Financial Planner), a escola já formou mais de 200 adolescentes nos cursos.


Fundamento e Dicas

Educação financeira é muito ampla. E fica muito confuso. O tema rende matéria para o ano todo, por isso Luciana Ballesteros focou seu ensino básico em um fundamento que envolve quatro letras: R, de receita (quanto eu recebo); G, de gasto (quanto eu gasto); S, de saldo (diferença entre o que eu ganho e o que eu gasto) e I, de investimento (o que sobra para eu investir).

E ela afirma que todo mundo pode investir. Mas primeiro é preciso pagar as dívidas, caso a pessoa seja devedora, porque este dinheiro é caro. É importante saber para onde está indo o dinheiro que você gasta e esta falta de conhecimento é que levou 70% da população brasileira a se endividar. “Cartão de crédito é uma dívida impagável, e ainda estamos vivendo a epidemia dessas Bets, uma fonte de perder dinheiro. As pessoas não têm conhecimento financeiro e tomam decisões erradas”, alerta. “É preciso conhecer ações para gerir os gastos, as fontes de receita e o que posso fazer para sobrar. E aí então, posso investir.”

Dica 1 dada pela especialista: é muito óbvia, porém pouco usada: gastar menos do que você ganha. Isso vale para toda renda.

Dia 2: baseada no FGTS. O governo tira todo mês um pouco do salário e deposita na conta do FGTS. O trabalhador vive normalmente sem aquele valor. Isso é uma poupança forçada. Mal aplicada, mas é uma poupança. Devemos fazer o mesmo. Abrir uma conta em outro banco, de preferência digital para não pagar tarifa. “Caiu o salário, tira uma beirada (você define o valor) e “paga” esse boleto e esquece dele. E aplica essa quantia, porque ela vai rendendo. Quando você assustar, está com uma boa renda”.

Sobre como e onde aplicar, Luciana diz que existem várias formas, as ofertas são muitas. Algumas delas são o CDBs, ou Título Públicos, aplicações de renda fixa. O ideal é consultar as ofertas no aplicativo do seu banco.

“Todo produto de investimento tem a liquidez. É preciso saber quando precisará do dinheiro. Se vai precisar de liquidez imediata, não pode investir por um ano ou mais. A pessoa deve procurar o que lhe convier melhor em termos de prazo de aplicação. No caso de produtos renda fixa, nos primeiros 30 dias tem o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), depois de 30 dias não tem mais IOF. O Imposto de Renda (IR) sempre vai ter, usando como regra a tabela regressiva, e diminui conforme o prazo, e o imposto é apenas sobre os juros. A taxa começa em 22,5% e chega à taxa mínima que é de 15% para os produtos que não possuem isenção de imposto, como é o caso de LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), dentro outros.

A poupança, onde muita gente investe, é um investimento ruim. Começou na época de D. Pedro. Tem uma taxa de 6% ao ano mais Taxa Referencial (TR), e é isenta de IR para pessoa física. É muito popular por ser muito antiga, e muita gente acha mais seguro, por falta de conhecimento.

Hoje, no CDB, 100% CDI você recebe 11,72% ao ano, por 1 ano de aplicação, e na poupança, 6%. Lembrando que a taxa básica da Selic está em 14,75% ao ano. Aplicações de renda variável são mais arriscadas, algumas delas são ações na bolsa de valores e os bitcoins. A pessoa não tem garantia do retorno do dinheiro aplicado. A ação pode ter ido para 90 ou para 110, de um dia para o outro, mas ação não é cassino. São as maiores empresas do país e do mundo, e a pessoa está comprando um pedaço de uma empresa.

O Bitcoin é outra classe de ativo. Tem gente que está ganhando muito dinheiro porque está subindo muito. Esse investimento tem 16 anos. Tem sido considerado o ouro virtual, ou seja, reserva de valor. Desde que o mundo é mundo o ouro é um ativo de defesa, porque tem caráter de proteção. O Bitcoin vem surgindo para ser um ouro virtual. Tem gente entrando achando que é a oitava maravilha do mundo, achando que vai subir mais ainda. Tem chance de virar moeda transacional, mas é um mercado muito novo. Tem um risco muito maior que uma ação.

Parceiros Clube A

Clique aqui para finalizar a ativação.

e sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os os para a recuperação de senha:

Faça a sua

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay