Dias das Mães: quanto o consumidor de BH pretende gastar com o presente?
Segundo pesquisa da CDL/BH, 64% dos consumidores pretendem presentear suas mães, o que corresponde a seis em cada dez entrevistados
compartilhe
Siga noO movimento no comércio varejista de Belo Horizonte deve ter um incremento importante ao longo da semana. É porque a maioria dos consumidores deixou para a última hora a compra do presente do Dia das Mães, que será celebrado neste domingo (11/5). Uma pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que 73,4% dos entrevistados que pretendem presentear vão às compras nos próximos dias.
Leia Mais
As principais justificativas apresentadas pelos consumidores são a falta de tempo e o próprio hábito de fazer compras na véspera das comemorações.
“Além desses fatores, outro ponto importante é a disponibilidade financeira, que tem influência direta na decisão de compra. Como muitos consumidores esperam o pagamento do salário ou outras fontes de renda para adquirir o presente, é comum que eles deixem para realizar as compras após ter esse dinheiro”, explica Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH.
Segundo a pesquisa, 64% dos consumidores pretendem comprar presentes desta data, ou seja, seis em cada dez entrevistados. O preço médio dos presentes nesse Dia das Mães será de R$ 176,55, valor estável quando comparado com os R$ 176,11 apurados no ano ado.
No entanto, em 2025 houve um aumento no número médio de presentes, totalizando duas unidades, o que eleva o gasto médio para R$ 353,10. “(Isso) sugere maior disposição do consumidor para a compra este ano”, disse Souza e Silva.
Roupas no topo da lista
As categorias de presentes mais citadas foram roupas (25%), cosméticos (18,8%), calçados (6,3%), flores (6,3%), eletrônicos (5,5%), bolsas/mochilas/malas (3,9%) e eletrodomésticos (3,9%).
“Assim como nos últimos anos, os itens de moda e beleza se destacam como os principais presentes, o que mostra que os lojistas desses segmentos têm boas oportunidades com a data e devem aproveitá-las para alavancar as vendas”, avalia o presidente da CDL/BH.
Cerca de 85% dos entrevistados na pesquisa pretendem comprar presentes de Dia das Mães em lojas físicas, enquanto 18,9% querem comprar pela internet e 9% não souberam ou não responderam. Os pontos de venda mais citados foram lojas de bairro (34,4%), lojas do Hipercentro (17,2%), shopping center (30,3%), pequenos comércios autônomos (4,9%), lojas de serviços essenciais (2,5%) e feiras livres (0,8%).
O pagamento à vista será a escolha da grande maioria dos consumidores (73,5%) - sendo 24,2% no dinheiro, 22,7% no cartão de débito, 18,8% no Pix e 7,8% no cartão de crédito -, apontada como uma forma de evitar o endividamento. O parcelamento no crédito foi citado por 22,7% dos entrevistados, com uma média de quatro parcelas, enquanto o Pix parcelado será utilizado por 1,6%.
Segunda data mais importante
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), o Dias das Mães é a segunda melhor data para o comércio varejista, perdendo apenas para o Natal, devido ao forte apelo emocional que abrange diversos públicos, independentemente da idade, sexo ou faixa de renda.
A Fecomércio também divulgou um estudo sobre a data em Belo Horizonte. A maioria dos consumidores que irão presentear (31,7%) respondeu que as promoções são o principal atrativo para fechar negócio, seguido por preços reduzidos (23,9%) e atendimento diferenciado (16,7%). Já os fatores que podem desestimular o consumo são preços altos dos produtos (41,4%), atendimento precário (33,1%) e pouca variedade de produtos (15,5%).
Comemorar em restaurante está mais caro
Além dos presentes, é comum celebrar o Dia das Mães à mesa. Para 44% dos entrevistados, a comemoração será feita com almoços em casa, revela o estudo da CDL/BH. Apenas 3,5% pretendem almoçar ou jantar em restaurantes, enquanto 2,5% vão comemorar com viagem ou café da manhã. Dos que pretendem realizar algo especial na data (57% dos entrevistados), 78% acreditam que vão gastar em média R$ 285,26, sendo que, para 52,6%, as despesas serão divididas.
O site Mercado Mineiro apurou um aumento de 9% no preço médio dos restaurantes de comida a quilo da capital, saltando de R$ 65,84 (em abril de 2024) para R$ 71,73. A variação de preço do quilo entre os restaurantes é grande, entre R$ 19,99 e R$ 199,90, alcançando 900%, justificada em virtude dos pratos do buffet e a localização.
Já entre os rodízios de carne, o preço médio teve alta de apenas 1,39%, de R$ 110,91 (em maio de 2024) para R$ 112,45. A variação de preço do rodízio em datas comemorativas fica entre R$ 66,90 e R$ 199,90, diferença de 198,80%.
O estudo também apurou a evolução do preço médio das flores, um dos presentes mais comuns no Dia das Mães: o vaso de violeta registrou alta de 6,81%, saltando de R$ 14,15 para R$ 15,11; o vaso de crisântemo ou de R$ 73,90 para R$ 83,45, alta de 12,92%; o arranjo plantado da Orquídea Phalaenopsis custava em média R$ 157,74, tendo subido para R$ 172,02, aumento de 9%; o vaso médio de Crisântemo custava R$ 73,90, valor que subiu para R$ 83,45, aumento de 10.5%.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
De acordo com o Mercado Mineiro, os resultados mostram variações expressivas entre os valores cobrados pelos mesmos produtos, o que exige atenção dos consumidores. O buquê de Lírios custa entre R$ 169 e R$ 399, uma diferença de 136%. Já o buquê de Rosas (dúzia) varia de R$ 119,90 a R$ 264, variação de 120%.
A unidade da Rosa embalada é vendida entre R$ 15 a R$ 59, diferença de 293%. A pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 30 de abril em 19 floriculturas, 15 rodízios de carne e 100 restaurantes de comida a quilo na capital e na Região Metropolitana de Belo Horizonte.