A Vale consolidou sua posição de liderança na agenda climática ao divulgar que já aportou US$ 1,4 bilhão desde 2020 em iniciativas voltadas à descarbonização de suas operações. Somente em 2024, foram US$ 257 milhões, e mais US$ 137 milhões estão previstos para 2025, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira (2), elaborado segundo os novos padrões do ISSB – que serão obrigatórios a partir de 2027 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As iniciativas visam reduzir em 33% as emissões diretas e indiretas (escopos 1 e 2) até 2030, com base em 2017, e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Entre os destaques estão o desenvolvimento do briquete de minério de ferro – que pode diminuir em até 10% as emissões em alto-fornos – e a implantação dos “mega hubs” siderúrgicos de baixo carbono no Brasil, EUA e Oriente Médio.
Para 2025, a mineradora planeja US$ 75 milhões em investimentos para substituir o diesel por etanol, biodiesel, caminhões elétricos e biometano nas operações logísticas e de mina, além de US$ 56 milhões voltados ao escopo 3 (cadeia de valor) e US$ 6 milhões em precificação de carbono em mercados regulados.
Segundo o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, o compromisso com a sustentabilidade vai além dos números: “Demonstramos com transparência nossa estratégia climática e avançamos na execução de um plano robusto, responsável e alinhado às melhores práticas globais”. Com informações de Notícias de Mineração Brasil.
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R$ 7,4 bilhões
em iniciativas de descarbonização foi o valor investido pela Vale entre 2020 e o fim de 2024, conforme noticiado em seu relatório financeiro de sustentabilidade, divulgado na última segunda-feira
Minas pavimenta o futuro com “asfalto verde” da Harsco
Minas Gerais dá mais um o firme na rota da economia de baixo carbono. A Harsco Environmental vai investir R$ 100 milhões na construção de uma planta de asfalto sustentável no Vale do Aço. Com 95% de agregados siderúrgicos reciclados, o asfalto SteelPhalt promete reduzir em até 40% as emissões de carbono em relação aos materiais convencionais. A unidade terá capacidade para produzir 100 mil toneladas por ano e entrará em operação em dezembro de 2027, gerando inicialmente 20 empregos diretos.
O anúncio foi feito durante visita oficial do governo mineiro à sede da empresa na Filadélfia (EUA), coroando negociações iniciadas em abril na Inglaterra, onde autoridades conheceram de perto a tecnologia aplicada pela SteelPhalt. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, destacou que o projeto reforça a atratividade do estado para negócios sustentáveis e de alta tecnologia.
A nova planta será a quinta operação da Harsco em Minas, onde a multinacional já atua há mais de meio século. Em Ipatinga, Timóteo, Ouro Branco e Jeceaba, a empresa transforma resíduos da siderurgia em produtos como o fertilizante AgroSilício e a brita ecológica Neobrita – ambos já usados em obras públicas e programas de agricultura familiar por meio de parcerias com o governo mineiro.
Para o presidente da Harsco na América Latina, Wender Alves, o investimento simboliza um compromisso com a sustentabilidade da infraestrutura brasileira: “Vamos, literalmente, pavimentar caminhos para um amanhã mais limpo, eficiente e consciente”. Com informações de Notícias de Mineração Brasil.
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AngloGold Ashanti anuncia acordo com Aura Minerals para venda da Mineração Serra Grande
A AngloGold Ashanti firmou acordo com a Aura Minerals para a venda da Mineração Serra Grande (MSG), localizada em Goiás. O valor da transação é de US$ 76 milhões, sujeito a ajustes de capital de giro na data de fechamento, além de pagamentos trimestrais futuros equivalentes a 3% dos retornos líquidos de fundição sobre o recurso mineral atual da MSG, incluindo suas reservas.
Segundo o CEO da AngloGold Ashanti, Alberto Calderon, a operação reflete o foco da companhia em alocação eficiente de capital, otimização de portfólio e continuidade responsável da gestão do ativo. A conclusão da venda está condicionada à aprovação do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade), com expectativa de fechamento no terceiro trimestre de 2025.
A AngloGold Ashanti manterá o compromisso com todas as obrigações legais, ambientais e regulatórias da MSG até o fechamento da transação. Também continuará conduzindo, até a conclusão, as obras de descaracterização da barragem de Serra Grande, que permanece segura e estável, sem qualquer nível de emergência.
A empresa reforça seu compromisso com a América Latina, com investimentos superiores a R$ 1,2 bilhão em 2025, sendo R$ 820 milhões no Brasil, especialmente nas operações em Minas Gerais. A AngloGold Ashanti emprega atualmente mais de 5 mil pessoas na região, sendo 3,9 mil no Brasil.
A Aura Minerals é uma produtora de ouro e cobre listada nas bolsas de Toronto e do Brasil (B3), com cinco minas em operação nas Américas e projetos de expansão em curso.
“No momento em que a siderurgia não integrada em Minas a por nova crise, a mineração ganha novamente relevância em seu papel de estabilizar o mercado e garantir a contínua agregação de valor ao produto brasileiro que é exportado”
Newton Cardoso Júnior
Deputado federal (MDB-MG), membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados